13.5.06

Arquiteto da Destruição

Assisti a
Arquitetura da Destruição (1989),
um documentário, uma verdadeira obra de arte,
do diretor Peter Cohen,que põe em prova
toda a paranóia de Hitler,para fazer do mundo,
um lugar mais bonito.Hitler tinha três grandes paixões,
nas quais se identificava tanto que de paixões
passaram a se tornar obsessões:
Antiguidade,
Richard Wagner e
Arte.


Hitler era um pintor frustrado.Tentou entrar para uma Academia de Arte, mas foi recusado.Seguiu como pintor de cartões-postais para sobreviver.Foi voluntário do exercito alemão, seguindo como espião do Partido do Trabalhador, mas descobriu profundo interesse no partido, que depois ia liderar como Partido Social-Nacionalista. Adotou a cruz suástica como símbolo de seu partido, um símbolo muito antigo, que em japonês significa “felicidade eterna”.Acreditava cegamente que a raça Ariana era perfeita, que tudo que eles faziam era superior ao resto.Em 1933 começou a governar a Alemanha, nomeando seu governo de Reich III, seguindo as tradições germânicas, o governo duraria mil anos.

Um dos primeiros movimentos ligados as suas paixões foi denominar movimentos artísticos como o Cubismo e o Dadaísmo, como “artes degeneradas”, argumentando que essas artes
eram influenciadas em casos grotescos de anomalia, deformação física e casos de problemas mentais, tirando toda a beleza da Renascença.Criou uma exposição anual, com inúmeros quadros e esculturas mostrando o paralelo entre o “modernismo feio” e o “antigo belo”.Além disso, incendiou em praça pública milhares de livros dito impróprio, como por exemplo, obras de Sigmund Freud.

Começada a Segunda Guerra Mundial e suas invasões de sucesso, Hitler começou a planejar a Nova Berlim, planejada para ser a Capital Mundial.Com grandes monumentos históricos, inspirados (e invejados) em antigas cidades como Atenas, Roma e Paris, como por exemplo, as colunas gregas, com o dobro do tamanho e um Arco do Triunfo sete vezes maior que o construído por Napoleão, todos arquitetados para que em mil anos, se transformassem em ruínas perfeitas, dando a idéia do “para sempre lembrado”.Nessas magnitudes arquitetônicas está representada toda a megalomania, narcisismo e aspecto de grandeza de Hitler.

Vendo que perderia a guerra, Hitler correu para terminar seu plano mais cruel de todos: a extinção dos judeus da Alemanha, como já estava fazendo desde o começo de sua ditadura.
Foram realizados diversos filmes focando judeus como ratos, que para onde iam levavam doenças, vírus, contaminando o belo e o perfeito.Esses filmes foram distribuídos ao mundo todo para espalhar a idéia do anti-semitismo.Criou então Auschwitz, campo de extermínio de judeus, homossexuais, ciganos e deficientes físicos e mentais, onde morreram mais de 40 milhões de pessoas.
Em busca da beleza.Hitler se suicidou no dia 30 de abril de 1945 no seu Quartel-General (o Führerbunker), em Berlim.

Assistam também A Queda – As últimas horas de Hitler.Um filme espetacular que mostra os tensos momentos do ditador antes do suicídio, toda sua fúria, nervosismo por ter perdido a guerra, presenciado pela sua secretária e amigos mais próximos.

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