29.5.07

Às vezes eu me odeio muito.
É um ódio, claro, pessoal, muito pessoal.
Quem vive muito comigo, sabe que sou uma pessoa
amarga, minimalista, defensiva, desconfiada, tímida, uma pessoa, que
diferente de muitas, vivo sob meu código de ética.
Isso reflete nos meus sentimentos,meu inconsciente, meu psicológico.
Esse post pode ser uma confissão, regada as minhas antigas e cegas raízes
católicas, como pode ser o desmacarar de um segredo.
Eu encaro com superficialidade o profundo de uma pessoa.
Se alguém não me agrada, essa pessoa não me agrada.Ponto final.
Logo, começo a pensar coisas desagradáveis dessa pessoa, chego até a
afirmar comigo mesmo que ela me dá ansia de vômito e é o motivo de toda
desgraça do meu dia ser tão ruim, desde o momento que acordo até o momento que eu fecho meus olhos, só para acordar no dia seguinte meio vazio, para ser preenchido com tristeza, amargura.
Por ser sozinho, carente, desiludido, eu culpo as pessoas erradas.
Somente eu sou o culpado.
Além de agarrar o comodismo, fico paralisado e covarde em muitas
situações.
Sim, sou uma pessoa fraca e má.
Anos atrás percebi como mudei de forma totalmente inesperada, me guiava
pelas emoções dos outros, refletia e pensava sobre; observava tudo e todos
ao meu redor, tentando compreender o meu mundo através de um espelho.
Hoje, estou paralisado como um anjo exterminador.
Que sacrifica todos ao redor apenas porque não consegue o que quer.
Mas o que eu quero afinal, nem eu sei.
Hoje não consigo mudar, mas tentarei.
Prometo.

Nenhum comentário:

Anteriormente