- E ai Mike, conseguiu o trampo??
- Foda-se o trampo! Na hora da medida do uniforme o cara perguntou se meu tamanho era M!
31.3.09
Violência
A primeira regra do clube da luta era não falar sobre o clube da luta.
Você entrava, lutava brutalmente com qualquer um. Tudo valia. A luta só terminava quando um dos lutadores pedia para parar. Elas demoravam para terminar. Quem estava no ringue improvisado ou gostava de apanhar ou gostava de bater. Ou os dois. Você esperava pela sua vez ou atuava como sentia.
Há pouco ando sentindo algo assim. Um dia acordei irritado, não sabia o motivo. Não tinha motivo na verdade. Eu estava irritado e pronto para brigar. Se eu conhecesse um lugar underground para lutas ilegais iria ser o momento do meu dia. Durante esse dia a irritação foi vencida pelo cansaço.
A minha ansiedade de um tempo pra cá está se voltando para outro lado. Já não sinto tanta fome (parece que já comi o suficiente). Os dias estão se tornando insuportáveis -só me sinto bem quando estou com a mente alterada. "Bem" no sentido de não saber o que se passa, de não saber qualquer coisa.
Ultimamente não só estou exausto e irritado com as pessoas ao meu redor, e na repetição de palavras, e a redundância de (falta de) ações em que elas insistem, como por exemplo na infelicidade coletiva de um professor, na ausência de familiares na ajuda em problemas familiares, na solidão dos outros, no desespero que um vácuo qualquer traz para todos, nos discursos repetidos, nos discursos repetidos, nos discursos repetidos...
Não estou só exausto e irritado. Sinto uma violência dentro de mim querendo sair e espancar quem está do meu lado. Uma força para ser liberada pela primeira vez e destruir legal qualquer indício de individualidade que se atrevam a dividir comigo.
Eu não posso me ajudar, não é stress, é a mais pura e primitiva das violências que não pode ser contida nem disciplinada, resultado de uma intolerância constante. Dai eu olho ao meu redor, a pólvora ainda não foi acesa.
"Auto-aperfeiçoamento é masturbação. Agora auto-destruição você sabe..."
Você entrava, lutava brutalmente com qualquer um. Tudo valia. A luta só terminava quando um dos lutadores pedia para parar. Elas demoravam para terminar. Quem estava no ringue improvisado ou gostava de apanhar ou gostava de bater. Ou os dois. Você esperava pela sua vez ou atuava como sentia.
Há pouco ando sentindo algo assim. Um dia acordei irritado, não sabia o motivo. Não tinha motivo na verdade. Eu estava irritado e pronto para brigar. Se eu conhecesse um lugar underground para lutas ilegais iria ser o momento do meu dia. Durante esse dia a irritação foi vencida pelo cansaço.
A minha ansiedade de um tempo pra cá está se voltando para outro lado. Já não sinto tanta fome (parece que já comi o suficiente). Os dias estão se tornando insuportáveis -
Ultimamente não só estou exausto e irritado com as pessoas ao meu redor, e na repetição de palavras, e a redundância de (falta de) ações em que elas insistem, como por exemplo na infelicidade coletiva de um professor, na ausência de familiares na ajuda em problemas familiares, na solidão dos outros, no desespero que um vácuo qualquer traz para todos, nos discursos repetidos, nos discursos repetidos, nos discursos repetidos...
Não estou só exausto e irritado. Sinto uma violência dentro de mim querendo sair e espancar quem está do meu lado. Uma força para ser liberada pela primeira vez e destruir legal qualquer indício de individualidade que se atrevam a dividir comigo.
Eu não posso me ajudar, não é stress, é a mais pura e primitiva das violências que não pode ser contida nem disciplinada, resultado de uma intolerância constante. Dai eu olho ao meu redor, a pólvora ainda não foi acesa.
"Auto-aperfeiçoamento é masturbação. Agora auto-destruição você sabe..."
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