28.7.10

Amores dos Outros


A sensação de superar conceitos e revê-los me agrada muito, sempre que a nova visão for positiva. Assim como uma surpresa boa. Numa mesa de bar, como uma frase esperta e banal escrita num guardanapo, superei meu incômodo pelo amor dos outros. Não era inveja nem algo parecido. Mas pela visão amarga, sistemática e egoísta que eu tenho do amor (e da vida), achava que como eu não sentia ninguém deveria sentir. E assim, desdenhava de sonhos com príncipes encantados, juras de amor eterno e até o brilho embriagado e abobalhado dos olhos de um apaixonado.

Não é porque você não quer amar que os outros não podem amar. Aceitei o amor que os outros sentem, mesmo não acreditando nele. Assim como respeito a religião das multidões fervorosas de fiéis, mesmo não tendo fé em nada.

Não mais debocho das ilusões e desejos que os outros sentem, agora curto tudo como se estivesse ouvindo uma música bobinha sobre o amor.

5 comentários:

Marquesa A. Merteuil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marquesa A. Merteuil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
sindro disse...

Oi gostei do seu blog, visite o meu de textos pessoais, espero que goste, obrigado.

SugarLips disse...

oi mike saudades...

Regina disse...

Easier to accept love than deny it... as simple as that. Don't need to feel it, but take it...

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