20.3.14

De volta à caverna

Eu sou meu próprio antepassado. Eu sou meu próprio ancestral. Nas paredes pouco iluminadas revejo desenhos primitivos que eu mesmo fiz há milhões de anos atrás. Identifico minha própria caligrafia garranchosa. Releio as frases que deixei para trás. Nada mudou. Poderia ter escrito essas profecias hoje pela manhã que elas iriam se concretizar numa próxima leitura. Da forma que eu não mudo, profetizo dias presentes. Posso prever o meu futuro se acaso eu não mudar. E é o que vem acontecendo: escrevo sobre hoje para ler no hoje de amanhã.

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