Só o empirismo e a necessidade salvam! Adaptação. Sempre.
29.8.23
Estar até não estarmos.
Às vezes é só preciso estar. Estar até não estarmos. Como uma estrela a 13 bilhões de anos de distância. Como uma estrela que vemos, contamos com o dedo e não existe mais.
Estar no centro da cidade mais movimentada e cheia de um país já superlotado.
Estar aglomerado com milhares de desconhecidos e desencontros únicos com Luiz Gonzaga Jr. nos meus ouvidos com as pernas no mundo.
Só preciso estar.
O presente e o futuro.
Dias frios e dias quentes. Dias sim, noites também.
Insônia. Quartos abafados quatro patas nas minhas costas.
Uma caricatura de agora pausa o momento.
Eh preciso estar.
Estar com consciência de crise.
Estar com fome de dopamina e sede de nada.
Estar só. Acompanhando. Bem acompanhado.
Estar off. Desligado em telas e em telas e em telas e em telinhas e em luzes azuis hipnotizantes que contam histórias inventadas de super-homens em colantes coloridos. E na real? Existe uma realidade? Imagino que não. Então narro o que vejo e sinto.
Estar ao redor dos outros não centralizado na minha própria rotação sem que a agulha me alcance. Linhas tortas e riscadas. Nada reto. Sem retorno. Apenas o absoluto. E estar. Silêncio. No hay nada. A gravidade fecha meus olhos. Ser e estar num mesmo verbo. Verbo que obriga uma ação, um processo, um estado. Um estado de estar e ser. Sendo. E um vento gelado estapeia minha cara. À margem vejo cenas de Reichenbach ripadas de uma vida de videoteipe mofada e o verbo vira palavra que vira um texto que vira um roteiro que vira um filme que vira uma memória que foi que vira saudade que vira mais nada e termina aí. Continua.
19.6.23
SinfonIA do vazio
As horas passam em um ritmo indolente, arrastando-se em uma rotina tediosa que me sufoca. A vida, como um incessante e enfadonho relógio, parece ter perdido toda a sua cor e vitalidade. Sou um artista sem inspiração, incapaz de criar e transpor para o mundo minhas emoções mais profundas.
A monotonia cotidiana é um fardo pesado que carrego, corroendo lentamente minha alma inquieta. Cada dia é uma cópia pálida do anterior, como se o universo conspirasse para me manter em uma prisão de tédio insuportável. A luta pela sobrevivência se transformou em um vazio sem sentido, no qual me afogo diariamente.
No trabalho, sou um mero espectador, um autômato que realiza tarefas sem qualquer propósito. Minha mente vagueia em um mar de desinteresse, e cada segundo se arrasta como uma eternidade. Meus colegas de trabalho, com suas conversas vazias e suas preocupações mundanas, parecem habitar um universo paralelo distante do meu.
A tristeza se alojou em meu coração como um hóspede indesejado, consumindo minhas esperanças e sonhos. O prazer que antes encontrava nas coisas simples da vida se dissipou, deixando apenas uma névoa sombria em seu lugar. Não tenho mais vontade de encontrar pessoas, de sair de casa e me envolver com o mundo. Tudo o que desejo é me isolar, me perder em meu próprio abismo de melancolia.
A alienação parece ser a única resposta para minha desolação. As palavras e cores que costumavam me cativar se tornaram cinzentas e vazias. A luz que iluminava minha imaginação se apagou, deixando-me em um estado de letargia e desespero. Meu coração se recusa a bater com o entusiasmo e a paixão de outrora.
E assim, aqui estou eu, perdido em um mar de tristeza e apatia, sem um farol para me guiar de volta à costa. Anseio por uma chama que incendeie minha alma novamente, que me impulsione para além da desolação e me leve a explorar novas fronteiras da existência. Até então, permaneço cativo nesta prisão da mente, sonhando com a possibilidade de um renascimento interior, esperando que a vida me surpreenda com sua magia perdida.
A monotonia cotidiana é um fardo pesado que carrego, corroendo lentamente minha alma inquieta. Cada dia é uma cópia pálida do anterior, como se o universo conspirasse para me manter em uma prisão de tédio insuportável. A luta pela sobrevivência se transformou em um vazio sem sentido, no qual me afogo diariamente.
No trabalho, sou um mero espectador, um autômato que realiza tarefas sem qualquer propósito. Minha mente vagueia em um mar de desinteresse, e cada segundo se arrasta como uma eternidade. Meus colegas de trabalho, com suas conversas vazias e suas preocupações mundanas, parecem habitar um universo paralelo distante do meu.
A tristeza se alojou em meu coração como um hóspede indesejado, consumindo minhas esperanças e sonhos. O prazer que antes encontrava nas coisas simples da vida se dissipou, deixando apenas uma névoa sombria em seu lugar. Não tenho mais vontade de encontrar pessoas, de sair de casa e me envolver com o mundo. Tudo o que desejo é me isolar, me perder em meu próprio abismo de melancolia.
A alienação parece ser a única resposta para minha desolação. As palavras e cores que costumavam me cativar se tornaram cinzentas e vazias. A luz que iluminava minha imaginação se apagou, deixando-me em um estado de letargia e desespero. Meu coração se recusa a bater com o entusiasmo e a paixão de outrora.
E assim, aqui estou eu, perdido em um mar de tristeza e apatia, sem um farol para me guiar de volta à costa. Anseio por uma chama que incendeie minha alma novamente, que me impulsione para além da desolação e me leve a explorar novas fronteiras da existência. Até então, permaneço cativo nesta prisão da mente, sonhando com a possibilidade de um renascimento interior, esperando que a vida me surpreenda com sua magia perdida.
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