8.3.13

Diário de um enfermo

08 de fevereiro

Eu gosto mas n estou apaixonado. Não é como antes. Quero saber tudo sobre essa pessoa, quero passar mais tempo com ela mas não preciso tocá-la...

 08 de março

Nossa, como odeio me apaixonar! (Mesmo que levemente). Prefiro estar gripado!

Sempre que começo a me apaixonar eu começo a me automedicar. Seja com fluoxetina, pensamentos infrutíferos ou Bataille – de qualquer forma pareço querer me curar.

 E pela primeira vez dessas paixões estou me analisando condicionalmente: realmente acho que as paixões deste tipo sejam como doenças? Talvez sim: me contagia, muda minha rotina, me desestabiliza, me transforma, como um vírus, um parasita, me desfoca do que prestava atenção antes. Sonho com isso.

 E sempre tento (e consigo) me curar, de uma forma ou de outra. Acredito que nada irá vingar, nada será realizado. Nunca.

 A “cura” parte de mim e o vírus nunca sabe quando o doente está enfermo.

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