Alguma coisa aconteceu e eu estou de ponta cabeça. Só percebi quando aconteceu. Um solavanco me deixou de ponta cabeça. Flutuando no meu próprio espaço dentro dos meus pensamentos. Uma inércia irônica que faz meu coração acelerar e sentir um frio na barriga. Estou estático por fora, porém na velocidade da luz por dentro. Uma divisão interna, um duelo entre o pessimismo que tanto já venceu e o otimismo, novato. Amaldiçoado se vencer, condenado se perder. O fantasma da insegurança recém falecida volta para uma visita particular. Fria, suas mãos passeiam no meu corpo. Fecho os olhos e tento esvaziar meus pensamentos. A mão fria da insegurança já está no meu peito. Não há uma distância segura entre meus medos e o sistema de toque. Minha cabeça volta a ficar enevoada e eu me perco em direções e decisões enroladas que tomei e as que tomarei. Pare. Observe tudo. "Esteja alerta para a regra dos três. O que você dá retornará para você. Essa lição você tem que aprender. Você só ganha, o que você merece". Testemunhe as energias em movimento. A clareza virá lentamente. O processo de decisão terminará e a escolha será clara. O que perderei? O que eu queria? Longe demais para ouvir a resposta. Silêncio.
"Esteja alerta para a regra dos três. O que você dá retornará para você. Essa lição você tem que aprender. Você só ganha, o que você merece". A Lei do Triplo Retorno Wicca
Só o empirismo e a necessidade salvam! Adaptação. Sempre.
27.3.19
19.3.19
Ogum me pediu fogo emprestado
Nos últimos cinco meses meu coração tem pedido atenção. No começo, ele acelerava e cessava a minha respiração. Eu suava e enxergava só pânico, desespero e morte. Duas, três vezes seguidas. Noites acordadas. Peito dolorido. Pernas inquietas. Só voltava aos batimentos normais com medicamentos fortes. Mas o que é normal para o coração mesmo?
Depois a ansiedade foi controlada por ansiolíticos. Estou medicado. Junto veio a sugestão de exercícios físicos para equilibrar o corpo, o coração e cérebro. Ok, vamos lá. Mas antes, um check up. Sempre evitei check ups e exames com medo dos resultados. Será que eu tenho algo? O que fazer se tiver? Daria tempo para viver como eu quero?
Bora lá. Sangue completo, ecos, ergométricos. Bum, bum, bum. Cada vez mais forte, mas agora por outro motivo.
No período durante os exames, o coração demandou atenção novamente. Virou o centro do meu corpo. Ele assim queimava, esfriava, pulsava harmoniosamente. Paixão. Violenta. Quase cega. Me derrubou geral. A única defesa foi a entrega. Estava me sentindo ótimo. Tive que ouvi-lo pela primeira vez por completo em 15 anos. E veio o espírito. E meu corpo reconheceu a paixão. Agora a paixão é por mim mesmo. Valorizo quem eu sou, me enxergo como amigos íntimos me enxergam. Aceitação verdadeira. Amores à primeira vista.
Corpo, mente e espiritualidades sãs. E coração também. Hoje busquei os exames e está tudo bem. "Continue assim", a doutora encorajou.
Me sinto protegido. Por mim mesmo e pelas minhas paixões. E pelo meu coração.
A vida é um caminho, e seres, sendo partes da vida, são eles mesmos vias deste caminho. Se reconhecemos esse fato e o aceitamos, estamos aptos, independente das vias e rotas, a conhecermos a paz e a apreciá-la. Mas para chegar a esse fim, que é apenas um começo (pois ainda não começamos a viver!), nós temos que aprender a doutrina da aceitação, isto é, da rendição incondicional, que é o amor. Próprio e pelos outros.
Descendo a rua, Ogum me parou um instante para pedir fogo, acendeu seu cigarro, me reverenciou, me olhou penetrante e seguiu seu caminho. Segui o meu. Numa nova via.
Depois a ansiedade foi controlada por ansiolíticos. Estou medicado. Junto veio a sugestão de exercícios físicos para equilibrar o corpo, o coração e cérebro. Ok, vamos lá. Mas antes, um check up. Sempre evitei check ups e exames com medo dos resultados. Será que eu tenho algo? O que fazer se tiver? Daria tempo para viver como eu quero?
Bora lá. Sangue completo, ecos, ergométricos. Bum, bum, bum. Cada vez mais forte, mas agora por outro motivo.
No período durante os exames, o coração demandou atenção novamente. Virou o centro do meu corpo. Ele assim queimava, esfriava, pulsava harmoniosamente. Paixão. Violenta. Quase cega. Me derrubou geral. A única defesa foi a entrega. Estava me sentindo ótimo. Tive que ouvi-lo pela primeira vez por completo em 15 anos. E veio o espírito. E meu corpo reconheceu a paixão. Agora a paixão é por mim mesmo. Valorizo quem eu sou, me enxergo como amigos íntimos me enxergam. Aceitação verdadeira. Amores à primeira vista.
Corpo, mente e espiritualidades sãs. E coração também. Hoje busquei os exames e está tudo bem. "Continue assim", a doutora encorajou.
Me sinto protegido. Por mim mesmo e pelas minhas paixões. E pelo meu coração.
A vida é um caminho, e seres, sendo partes da vida, são eles mesmos vias deste caminho. Se reconhecemos esse fato e o aceitamos, estamos aptos, independente das vias e rotas, a conhecermos a paz e a apreciá-la. Mas para chegar a esse fim, que é apenas um começo (pois ainda não começamos a viver!), nós temos que aprender a doutrina da aceitação, isto é, da rendição incondicional, que é o amor. Próprio e pelos outros.
Descendo a rua, Ogum me parou um instante para pedir fogo, acendeu seu cigarro, me reverenciou, me olhou penetrante e seguiu seu caminho. Segui o meu. Numa nova via.
12.3.19
Você está na minha visão periférica
Você está na minha visão periférica. Minha concentração abalada. Acendo um cigarro atrás do outro mesmo não querendo fumar. Bebo um gin para relaxar minha mente. Mas a paixão é mais forte. Estou doente de paixão. Daria tudo para estar ao seu lado, ao seu corpo, ao seu cheiro, ao seu gosto, ao seu sorriso. Daria tudo para me ver nos seus olhos de mel. Tão cheios de luz que iluminou minha existência apagada. Eu me percebi. Eu sou. Eu existo. Eu adoro quando você me faz cócegas, a coisa que eu mais odeio. Você ressalta meus defeitos para transformá-los em qualidades.
Tento não pensar duas vezes, não quero expectativas, quero decisões, se ele existe, quero seu amor. Eu estou no lado escuro da estrada e você ali, longe e iluminada. E eu parado, nuvens chorando, estrelas sumindo, e você ali, como a lua, longe e praticamente inacessível. A nossa intensidade me devorou como um lobo selvagem.
Eu penso em você e imagino o quanto de realidade é realmente real. E sim. Você existe. Há alguns quilômetros de distância você está lá. E eu estou aqui. E você também. Na minha visão periférica.
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