5.12.05

Casa de Areia

Mãe
e filha
atuam num
dos filmes
mais
belos
já feitos

Família que comprou uma propriedade em meio do nada,são abandonados por amigos,tendo depois o patriarca morto.Aurea,grávida, tenta sobreviver num ambiente quente e árido com a mãe,já de idade.Conhecem Massum,pescador da região da “ilha”,única área verde do local.Assim,gerações passam e o ambiente continua o mesmo,mudando apenas as emoções de cada.A história começa no Maranhão em 1910 e termina em 1969.



Andrucha Waddington (Eu,tu, eles) dirige esposa e sogra sobre um roteiro simplório mas que surpreende num visual maravilhoso com atuações dignas,tanto a experiente Fernanda Montenegro,Fernanda Torres e Seu Jorge (o Mané Galinha de Cidade de Deus),que se empenha demasiadamente convincente.Numa fotografia vertiginosa adestrada numa trilha que só aparece no final: Prelude Opus 28, nº15 de Chopin.Excelente.




A história começa,curiosamente,onde filmes nacionais antigos que retratavam o exodo da seca no nordeste,fazendo com que familias inteiras saiam em busca de moradias melhores.Me perguntaram qual era a moral da história.Depende do ponto de vista.Aurea nunca abandonara as dunas,mesmo antes querendo isso acima de tudo.E no final,emocionadamente,descobre que não perdeu nada saindo de sua casa na areia e seu amor.


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