Anteriormente em Season Finale
"Quando a verdade se revela mentira, toda alegria interior se vai..."
De onde vem o azar, essa má sorte, a desgraça, os acontecimentos ruins, tudo que dá errado? De onde sai toda essa onda criativa de aborrecimentos? Alguém lá em cima ditando ordens com um sadismo sem fim? Uma linha mal feita na hora que desenharam nosso destino? Ou talvez um castigo por algo errado que cometemos? Acho que não. E se fosse uma simples ação com uma derradeira consequência? Alternativa realista, menos imaginativa.
Esse ano aceitei o mistério. Ou melhor: aceitei o acaso. Não há aparente explicação para esse inferno pessoal que foi essa temporada. Entre amigos, fizemos a piada que o ano foi de "Bad Karma" porque passamos a virada na Loca, uma casa noturna flopada. Realmente, a entrada de 2010 foi triste como o restante do ano seria: dois assaltos, uma doença, mais brigas familiares, falta de dinheiro, descontentamento no trabalho, uma paixão platônica e dolorida; engordei, entrei no terceiro dígito, roupas apertadas, ônibus molhando com a água suja das guias, sopro no coração, estresse, rotina sufocante, dezenas de noites mal dormidas pelo ronco da avó, mais discórdia na família, mais sufocos financeiros, mãe desempregada, poucas drogas, ausência de amigos, solidão constante versus o aumento de preguiça com as pessoas, projetos inacabados, planos que não decolaram, tédio, violência contida...
Não há explicação. Posso começar por qualquer ponto de partida.
Em 1987, uma jovem mulher em Goiania tomou um pouco mais de vinho na companhia de seu namorado dentro de um caminhão.
O acaso é o grande senhor de todas as coisas. A necessidade só vem depois, até meu último suspiro. Mas já sabem, se algum dia eu me sentir melhor, vou precisar de alguém, alguém para amar.
To be continued...
Só o empirismo e a necessidade salvam! Adaptação. Sempre.
31.12.10
15.11.10
Aos cuidados de
Não há nada melhor do que uma carta para você se lembrar do passado. Assim como uma figura animalesca cravada numa pedra, uma carta, marcas e rabiscos feitos em papeis eternizadas pela tinta de uma caneta simples, uma bico de pena especial ou um por um grafite que deixará as letras mais fracas depois de um tempo. Como um louco pelo passado e por deixar marcas, amo as cartas. Principalmente em tempos distantes em que vivemos. A ideia de alguém te deixar algo como uma despedida, a descrição de um dia e até um “feliz natal” me gratifica muito. Alguém pensou em você e esse pensamento ficou registrado num pedaço de papel.
Reencontrei algumas cartas hoje. De pessoas que significaram muito para mim e que não vejo mais e quando leio nem consigo me lembrar de suas vozes. Saudade é uma das poucas coisas que eu sinto: pessoas, lugares, momentos... até das coisas que não vi e não fiz.
Os pedaços de papéis amarelados me fizeram lembrar das pessoas especiais com quem vivi por um tempo e como sinto falta de tudo aquilo. Tento pensar que estou melhor hoje, mas não. Nem melhor, nem pior. Continuo o mesmo. Sinto falta de alguém para conversar. Alguém que realmente me conheça. E são só três pessoas.Todas estão longe e não convivo mais com elas faz um bom tempo. Acho que é isso que é ser sozinho: estar cercado de pessoas, mas nenhuma delas te conhece.
28.7.10
Amores dos Outros
A sensação de superar conceitos e revê-los me agrada muito, sempre que a nova visão for positiva. Assim como uma surpresa boa. Numa mesa de bar, como uma frase esperta e banal escrita num guardanapo, superei meu incômodo pelo amor dos outros. Não era inveja nem algo parecido. Mas pela visão amarga, sistemática e egoísta que eu tenho do amor (e da vida), achava que como eu não sentia ninguém deveria sentir. E assim, desdenhava de sonhos com príncipes encantados, juras de amor eterno e até o brilho embriagado e abobalhado dos olhos de um apaixonado.
Não é porque você não quer amar que os outros não podem amar. Aceitei o amor que os outros sentem, mesmo não acreditando nele. Assim como respeito a religião das multidões fervorosas de fiéis, mesmo não tendo fé em nada.
Não mais debocho das ilusões e desejos que os outros sentem, agora curto tudo como se estivesse ouvindo uma música bobinha sobre o amor.
12.7.10
Uma adaptação séria
Durante a madrugada o cheiro de merda tomava o quarto. Sabia que ela estava dormindo pelos roncos. Virava de um lado para o outro respirando pela boca. Acordou com ela tentando se levantar. Com os pés na cara dele. Já estava sem as cobertas, cheiro forte, fralda carregada e lençol sujo. O despertador só ia tocar daqui a uma hora. Quando a semana começa marrom é porque a coisa vai ficar preta. Chamou a mãe para ajudar a avó. Enquanto arrumava o banheiro, fazia companhia para evitar que saísse da cama e espalhasse a sujeira pela casa.
Aos poucos ela saia da cama rumo ao banheiro para o banho. A mãe com muita ânsia de vomito e ele pondo os lençóis no lixo. Sentou no computador para ouvir música e tentar animar a manhã. Não estava irritado nem nada. Já estava acostumado. Só gostava de ouvir música pela manhã. Depois do banho a avó estava sentada do lado dele numa poltrona. Ela chamou e disse algo incompreensível. Levantou para ajudá-la e mais uma vez disse algo que ele não entendeu levando a mão para as partes intimas. Perguntou se ela queria ir ao banheiro e ela disse que sim. Mal foi para o corredor e mais sujeira no chão. Vazava pelas calças. Imaginou a reação da mãe, nervosa, irritada, gritando e xingando muito. Mas não, pela primeira vez não fez isso. Parecia acostumada também. Só achava a situação triste. E era mesmo. Assim como desesperadora.
Depois de outro banho na velha, foi a vez dele de usar o banheiro. Costuma ter as melhores idéias ali. Seja no trono ou no chuveiro. Lembrou deu uma não tão boa. Ontem indo dormir, pensou em relatar um dia da sua vida e fez uma promessa para si mesmo que ia ser no dia seguinte. Repensou na decisão. Seria hoje um bom dia? O dia começou interessante. Não bom, mas tinha um começo.
No quarto, antes de se trocar, pegou no armário seu caderno de anotações e começou a escrever sobre o dia de hoje. Terminou meia página quando percebeu que ia se atrasar para o trabalho. Pensou uma vez antes de tomar o café preto porque seu estomago não estava tão bem, mas tomou mesmo assim. Precisava ficar mais desperto. Aplicou insulina na avó, deu um beijo e saiu. Preparou os fones e acertou o mp3. Na primeira parada do ônibus enquanto esperava a baldeação, resolveu escrever mais um pouco. Sacou da mochila o caderno e começou, bem ali na Rio Branco.
Alguns observavam, nem ligou.
No caminho para o trabalho, uma música francesa bem alegre animou a ida. Chegando no escritório resolveu se calar. Não tinha muita coisa pra fazer e não queria muito papo com ninguém. Só queria enrolar e matar a segunda-feira. O que tinha pressentido se tornou realidade. Estava de saco cheio do ambiente de trabalho. As pessoas com seus discursos repetitivos, seus dramas exagerados, as mesmas reclamações vagas e os inconformações de sempre. Foi a primeira vez que não suportou estar lá. Passou todo o expediente com os fones de ouvido e se entediando pela vida dos outros e da sua também. A copeira até questionou o silêncio dele perguntando por que estava calado e não estava reclamando como de costume. Se reclamo, logo existe. Ao pesquisar uma frase para homenagear a morte de Harvey Pekar, se deparou com uma perfeita para o dia de hoje: “Faz você se sentir bem sabendo que há outras pessoas aflitas como você”. Precisa dizer mais?
No almoço, silêncios chatos e sol forte na cara. Precisava de um boné. Voltando para casa, o mesmo caminho rotineiro, o chiclete mascado jogado fora, o beijinho na vovó, a jantinha e etc. Tirou a jeans desconfortável e por um segundo pensou que não tinha roupa para amanhã e logo fez que nem aí. Esperou todos dormirem, sentou no computador, pegou o caderno, digitou todo o texto e publicou em seu blog enquanto ainda não estava escuro.
No caminho para o trabalho, uma música francesa bem alegre animou a ida. Chegando no escritório resolveu se calar. Não tinha muita coisa pra fazer e não queria muito papo com ninguém. Só queria enrolar e matar a segunda-feira. O que tinha pressentido se tornou realidade. Estava de saco cheio do ambiente de trabalho. As pessoas com seus discursos repetitivos, seus dramas exagerados, as mesmas reclamações vagas e os inconformações de sempre. Foi a primeira vez que não suportou estar lá. Passou todo o expediente com os fones de ouvido e se entediando pela vida dos outros e da sua também. A copeira até questionou o silêncio dele perguntando por que estava calado e não estava reclamando como de costume. Se reclamo, logo existe. Ao pesquisar uma frase para homenagear a morte de Harvey Pekar, se deparou com uma perfeita para o dia de hoje: “Faz você se sentir bem sabendo que há outras pessoas aflitas como você”. Precisa dizer mais?
No almoço, silêncios chatos e sol forte na cara. Precisava de um boné. Voltando para casa, o mesmo caminho rotineiro, o chiclete mascado jogado fora, o beijinho na vovó, a jantinha e etc. Tirou a jeans desconfortável e por um segundo pensou que não tinha roupa para amanhã e logo fez que nem aí. Esperou todos dormirem, sentou no computador, pegou o caderno, digitou todo o texto e publicou em seu blog enquanto ainda não estava escuro.
1.6.10
Acaso #1
A partir do acaso, a minha imaginação de liberdade. A partir de escolhas, escolhi a opção de não querer amar, não se apaixonar (evitar), não se envolver com ninguém. Sim, escolhas são perdas e acho que acabo por não perder grande coisa, como não tenho fé no amor. Se o amor existe, gosto das paixões acidentas. Amor ao acaso. O amor não idealizado.
17.4.10
Jigsaw Puzzle
Quanta gente passando. Pra lá e pra cá. Elas não param. E aquelas lá em cima dentro daquele avião que ta pousando? De onde será que elas estão chegando? E essas dentro do ônibus. Cansadas. Sete e meia. Indo pra casa, escola, trabalho. Meu ônibus não chega. Vista cansada. To sentindo o mesmo peso e incômodo nas costas de antes. E não é a mochila. E essa menina? Com quem será que está falando no celular? Parece que é com uma amiga. Essas pessoas não param... Vista cansada. Queria estar num quarto escuro como um fechar de olhos. Fecho um pouco. Barulho da rua com o do meu fone. Abro os olhos. Essa luz laranja de rua. Como amo esse laranja. Queria que tocasse Stones no meu mp3. Jig-saw Puzzle. Mmmm. Jig-saw Puzzle... Jig... Saw... Puzzle. Minha música do momento. Derreto com ela. Queria fumar um beck e ouvir Jig-saw Puzzle. Sei que é um clichê, mas é um clichê muito bom. Adoro fumar um e ouvir um som. Jig-saw Puzzle. Era tudo que eu queria de aniversário se me perguntassem. É a conexão definitiva com música. Da mente depravada de Jagger e Richards, da melodia melancólica ainda que inquieta, da historinha contada, muito pessoal e até despretensiosa, da gravação, da voz, seu timbre, seu ritmo, dos anos que se passaram até meus ouvidos, meu cérebro. A freqüência perfeita. Jigsaw Puzzle. Nunca esperei tão pacientemente pelo meu ônibus, deitado aqui no chão.
31.3.10
Almoço existencial
Ninguém conseguiu almoçar comigo. Quando se entra no mundo corporativo é muito difícil começar a almoçar com as pessoas que trabalham com você. Se você for tímido, pior ainda. Mas aos poucos a tribo acolhe o novato. E o que acontece quando se almoça sozinho depois de um ano de empresa? No meu caso, almoço existencialista. É basicamente a mesma situação que a "volta pra casa com trânsito existencialista": ônibus parado, você começa a encarar o teto, a janela suja, seus tênis gastos e começa a pensar merda. Mas, porra, que adianta a gente pensar? Almoço existencialista dá indigestão.
E eu lá, enquanto como aquela comida requentada, sozinho, cutucando com o garfo um camarãozinho miúdo começo a pensar na vida. O que eu to fazendo aqui? Almoçando sozinho. Por que? Hora do almoço. E essas pessoas aqui, com outras pessoas, rindo de outras pessoas? Por que eu trabalho? Quando eu chegar do almoço vou direto no meu coordenador e me demitir. Eles vão ficar tão surpresos. Mas tenho que pagar minha viagem. Saco. Deveria sair mesmo assim. Vou morrer mesmo, de que adianta pagar ou não a viagem? Não deveria ter me levantado da cama. Mas ai seria pior. Ter que ficar em casa com aquelas outras pessoas. Nem quero pensar nisso. Por que eu trabalho? "Todo homem é vítima de um meio que se recusa a compreender sua alma". Não, sério. Tem algum fundamento trabalhar? Todo mundo odeia trabalhar. Por que trabalho? Ah, deveria ter pedido um lanche e ter almoçado na frente do computador. Olha só essas pessoas. Elas não sabem de nada. Será que eu chego até o fim do dia? Acha que dá pra conseguir? Acho que já deu uma hora.
19.3.10
Ao invés de um ser humano perfeito, a maldade na mente de Frankenstein criou um monstro
Eu não era assim. Cronicamente venho me tornando inquieto e mais ansioso. Tic tac. Prestes a explodir. Implodir. Por muito tempo já reprimi sentimentos, parei ações e controlei situações. Meu inconsciente estava programado para contar até dez automaticamente. Pouca coisa me abalava nada me ofendia ou surpreendia. Era um homem calmo. Eu era assim. Melhor, ainda sou. Mas até quando? Pressões banais e pequenas estão começando a me atingir. A me fazer sentir aquele frio intenso dentro de mim que obriga a escancarar a boca para gritar... Mas nada sai (ainda). Os dedos das mãos tremendo sem parar, como se estivessem assim a vida inteira, lutando contra o fechar de um punho para atingir alguma coisa. Uma força que ainda não foi liberada. As pernas impacientes querendo se movimentar, correr, quando não há lugar para ir. Preso. A mutação fisiológica mais gritante: a respiração. Ofegante, claustrofóbica, desesperada, fechada, presa, rápida, que leva a merda do oxigênio para o cérebro que não te deixa dormir. E sem sono, não consigo sonhar. Como mais fugir da realidade? Sonhar é minha escapatória, minha salvação, meu momento favorito. Estou perdendo a cada dia um pequeno pedaço da minha natureza, da minha alma. Até quando não sobrar mais nada para controlar, nada mais terá importância, e eu não serei mais quem sou. E me tornarei você. Figura do desespero, fonte de uma intolerância que há muito venho controlando. Reprimindo. Sufocando. Tic TAC.
Mas dou crédito a essas consequências de tanto controle. Isso só ilumina e justifica minhas ações passadas, dando-lhes certo sentido e razão, como uma antecipação das mudanças que estariam por vir.
Mas dou crédito a essas consequências de tanto controle. Isso só ilumina e justifica minhas ações passadas, dando-lhes certo sentido e razão, como uma antecipação das mudanças que estariam por vir.
11.3.10
99 Filmes em 2009
Em laranja, os especiais e melhores; em vermelho, os piores.
2. Milk – A Voz da Liberdade •
3. The Thing – O Enigma do Outro Mundo
4. Quem quer ser um milionário? –
5. O Curioso Caso de Benjamin Button
6. O Banheiro do Papa
7. Foi Apenas um Sonho •
8. Cassino
9. Hairspray (2007)
10. O Leitor •
11. A Morte lhe Cai Bem – Vida Após a Morte –
12. História do Mundo – Parte 1
13. Modelos Nada Corretos
14. Almas Perversas
15. O Casamento de Rachel
16. Simplesmente Feliz
17. Chopping Mall
18. Jovens, Loucos e Rebeldes
19. Strangers With Candy
20. Igor
21. Sex Drive – Rumo ao Sexo
22. Medo da Verdade
23. A Vida Num Só Dia
24. No Sufoco
25. Diário de um Adolescente
26. Entre os Muros da Escola
27. Gritos e Sussurros •
28. CQ
29. O Lutador •
30. Sexta-Feira 13 (2009)
31. A Volta do Todo Poderoso
32. O Dia em que a Terra Parou (2008)
33. Dúvida •
34. A Troca
35. O Balconista 2
36. Hamlet 2
37. Império dos Sonhos •
38. Os Inocentes
39. Geração Prozac
40. A Casa das Coelhinhas
41. A Garçonete
42. Sim, Senhor!
43. Monty Phyton e o Cálice Sagrado
44. Senta no meu, que eu entro na tua
45. Divã
46. Era do Gelo 3
47. Atração Mortal (Heathers)
48. Crepúsculo
49. O Exterminador do Futuro 4: A Salvação
50. Clube da Felicidade e da Sorte
51. Matadores de Vampiras Lésbicas
52. Alma Perdida
53. Frankenstein
54. A Noiva de Frankenstein
55. O Extermínio 2
56. Na Mira do Chefe
57. Inimigos Públicos
58. Permanent Vacation
59. Adventureland
60. Ele não está tão afim de você
61. Confissões de uma Garota de Programa –
62. Grace •
63. Arraste-me para o inferno
64. Bruno
65. Anticristo •
66. Distrito 9
67. Up – Altas Aventuras
68. Alexandre
69. Os Normais 2
70. Abraços Partidos •
71. Sacrifício •
72. Contos do Dia das Bruxas
73. Lutero
74. Bad Biology –
75. Harry Potter e o Príncipe Mestiço
76. Bastardos Inglórios •
77. A Órfã
78. Mary and Max •
79. Sunshine Cleaning
80. My Year Without Sex
81. Coco Antes de Chanel
82. 500 Dias Com Ela
83. Desperate Living •
84. Julie e Julia
85. 2012
86. Premonição 4
87. Para minha irmã (Fat Girl)
88. Kisses •
89. À Deriva
90. Avatar
91. Funny People
92. Precious
93. A Mulher Sem Cabeça
94. Tudo Pode Dar Certo •
95. Se Beber, Não Case
96. Star Trek
97. O Melhor Pai do Mundo
98. A Fita Branca •
99. Sede de Sangue •
14.2.10
Enlarge Your Penis
Durante uma maratona de Os Normais percebi que meu cérebro transformou sexo em ficção. Antes eu tirava sarro de mim mesmo dizendo que não acreditava em semiótica nem em sexo. Hoje acredito e faço uso da semiótica mas o sexo ficou na televisão, na internet, nos filmes, nos livros, etc. É coisa da mídia.
Sabe quando você vê um carro saltando uma ponte ainda não acabada num filme de ação e fala "isso só acontece em filme?", então - isso é sexo pra mim. E sempre vai terminar com um final feliz!
Quando se passa mais de um ano e meio sem ver ao vivo uma pixirica, você diz coisas como "enquanto eu tiver Speedy e minha mão direita não preciso de ninguém" assim como quando alguém fica com a perseguida na sua cara no ônibus, separada somente com uma camada de jeans, você pergunta "O que será que tem aí atrás desse jeans hein?".
Ainda mais hoje, que o sexo na ficção está cada vez mais realista (já viram um brasileirinhas em HD ?) e sempre presente nas melhores produções do entretenimento.
Peraí... retiro tudo que eu escrevi antes... sexo pra mim é auto-ajuda.
* Reencontrei esse texto nos rascunhos, escrito em junho do ano passado, mas parece que foi hoje cedo.
9.2.10
Segurança
• 2 bottons (1 do Kill Bill, outro dos Simpsons); • Certificado de Reservista; • 1 iPod; • 1 fone de ouvido com o lado esquerdo quebrado; • 1 guarda-chuva; • 3 camisinhas; • 1 inalador Vick; • Algumas moedas; • 1 caderno de anotações; • 1 celular; • Postais "Mica" e ingressos antigos de cinema; • O livro "Diário de um
Ladrão"; • 1 mochila.
Ele sabia muito bem o que estava fazendo. Como se aproximar, apesar de eu ter sido um alvo fácil, ele veio com tranquilidade, ainda que apressado. Vi que estava nervoso mas acho que não tinha nada a ver com o momento. Acho que ele é sempre elétrico, devido a efeitos de drogas, sei lá. Estava só obtendo o controle da situação. Rapidamente e com muita confiança ele disse o que queria. Mais rápido ainda, sem que houvesse tempo para perceber que com aquelas roupas e sujeira ele não iria subir em ônibus algum; pensei no livro. Automaticamente abri a mochila para retirar meu livro e talvez, se tivesse sorte, meu caderno de anotações. Mas ele logo me mandou fechar e entregar tudo. Sem reação, entreguei. Chegou mais perto e segurava a cintura, como se estivesse armado. Mas acho que ele carregava somente a segurança, confiança e auto-respeito que eu nunca vou ter.
Foi embora para o lado oposto ao meu e ao longe me dava ordens que eu obedecia ainda em transe, como por exemplo, entrar no ônibus que passou sem saber seu destino.
O momento - inédito - foi uma experiência interessante, mas de baixo nível. Assalto é banal nos dias de hoje, sinto que tive sorte.
A situação me bombou rapidamente com as confissões e relatos de Jean Genet sobre como é ser ladrão, mendigo, cruel, dominador, ditador de si mesmo, criador de regras próprias e princípios únicos (poetisando cada momento de sua vida). A ação me ligou freneticamente ao livro, ao ladrão, ao cenário, ao descontrole e admiração a tudo de oposto que eu já tenha vivido.
29.1.10
O Amor Nunca Diz Adeus - Uma História Real
- ai vc n passa de uma graçota apaixonada hehe
- sabe, estou sendo humilhado por varias pessoas
eu n posso ser uma ursa má, levemente inclinada ao amor?
- pode sim claro
eu respeito quem tem o amor
- hahahahhaa
dramatica
- mideixa
- o amor ja passa
podexa
- ai vamo para q ta parecendo dialogo de filme nacional, tirando o fato q n estamos deitados na cama, janela aberta, sol na gente...
- e criança barriguda brincando no quintal
- pensei em nós como um jovem casal universitario, tipo caio blat e mais alguem
- eu sou um ator b desconhecido
o meu personagem
- isso, colecionamos vinil, estamos ouvindo chico e fumando uma ponta, estamos entediados mas nossa familia deixou de nos sustentar pq decidimos, olha só: oficializar o nosso amor
época: ditadura (óóbvio) final da ditadura vai
- simmmm
e o filme termina comigo que experimentei o amor
pegando hiv
e vc me cuidando
pq afinal meu caso, n suportou a barra
- é, msg: amor mata
mas nossa familia vai nos aceitar (pq estamos morrendo)
- e só nessas pequenas coisas cheias de valor é que podemos contar
e termina com meu codnome beijaflor
- a aposta brasileira para o oscar
- um filme pra familia toda ver
forte, otimas atuaçoes, caio blat em seu melhor papel
uma vitoria
- Lei Ancine no incentivo a cultura apresenta
qual vai ser o nome do filme?
- o amor nunca diz adeus
- perfeito
- o amor nunca diz adeus - uma historia real
- "a mesma força de O Terceiro Travesseiro!" - MixBrasil
- sabe, estou sendo humilhado por varias pessoas
eu n posso ser uma ursa má, levemente inclinada ao amor?
- pode sim claro
eu respeito quem tem o amor
- hahahahhaa
dramatica
- mideixa
- o amor ja passa
podexa
- ai vamo para q ta parecendo dialogo de filme nacional, tirando o fato q n estamos deitados na cama, janela aberta, sol na gente...
- e criança barriguda brincando no quintal
- pensei em nós como um jovem casal universitario, tipo caio blat e mais alguem
- eu sou um ator b desconhecido
o meu personagem
- isso, colecionamos vinil, estamos ouvindo chico e fumando uma ponta, estamos entediados mas nossa familia deixou de nos sustentar pq decidimos, olha só: oficializar o nosso amor
época: ditadura (óóbvio) final da ditadura vai
- simmmm
e o filme termina comigo que experimentei o amor
pegando hiv
e vc me cuidando
pq afinal meu caso, n suportou a barra
- é, msg: amor mata
mas nossa familia vai nos aceitar (pq estamos morrendo)
- e só nessas pequenas coisas cheias de valor é que podemos contar
e termina com meu codnome beijaflor
- a aposta brasileira para o oscar
- um filme pra familia toda ver
forte, otimas atuaçoes, caio blat em seu melhor papel
uma vitoria
- Lei Ancine no incentivo a cultura apresenta
qual vai ser o nome do filme?
- o amor nunca diz adeus
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